segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Será que agora vamos escutar as urnas?

Meu caro amigo, me perdoe, por favor, mas neste texto eu bem que queria tentar passar uma visão sob o ponto de vista da metade do copo cheio. Mas sei que a tensão dos últimos dias nos levou a ter apenas o pessimismo como horizonte. Não sou ingênuo e sei que o nosso futuro será doloroso e, portanto, o que escrevo aqui não vai ser uma tentativa de consolar a quem quer seja. Primeiro porque não me considero uma pessoa a altura pra isso e segundo porque sei bem o que nos aguarda nos próximos anos. Mas, ainda sim, eu gostaria de tentar estimular uma reflexão sobre qual será o papel dos partidos de esquerda e dos movimentos sociais daqui em diante.

Não é novidade que há uma pecha sobre o campo progressista que há anos vem sendo reforçada com o auxílio das mídias mainstream (o antipetismo). Essa pecha, no entanto, dificilmente será eliminada se continuarmos agindo aos mesmo moldes, ou seja, se continuarmos a combater essa guerra com o mesmo ódio que nos é jogado. Se continuarmos a “cultuar” aqueles que personificam o discurso odioso da extrema direita, na tentativa de fazer com que as pessoas engulam a seco as atuais lideranças da esquerda. O momento pede uma nova estratégia.

É impossível falar de mudança do campo progressista sem incluir o PT que, embora tenha eleito a maior bancada no congresso nacional e também tenha eleito todos os seus candidatos (ou aliados) nos estados do Nordeste, sai dessas eleições com uma lição urgente: Se reaproximar da população. O que Mano Brown disse em seu discurso no Rio de Janeiro não é novidade. E se houve espanto é porque, desculpe a franqueza, você está vivendo em outra realidade. As urnas, desde 2014, já vinham dando o recado. Em 2016, mais uma vez, as urnas nos alertaram. E agora, em 2018, elas não apenas deram o recado, como soltaram um sonoro “ACORDE, PORRA!”.

Há uma urgente necessidade de o Partido dos Trabalhadores voltar ao seu trabalho de base e voltar a ser, de fato, um partido dos trabalhadores e feito para trabalhadores. É hora de alguns líderes terem hombridade e saírem de cena. Esse é o momento de a legenda fazer surgir novos líderes, com novas ideias e, principalmente, que estes tenham como foco o progressismo, os mais pobres, enfim, que tenha o compromisso de voltar as suas origens. No fundo, todos nós sabemos que Jair Bolsonaro é fruto de uma negligência da esquerda. Que o crescimento das demandas liberais preenche lacunas em que o campo progressista abandonou nos últimos anos.

É necessário também que o partido faça, de uma vez por todas, uma autocrítica sobre os erros de suas gestões. Venha a público e assuma que perdeu a mão. Não é justo que o campo da esquerda sofra as consequências de ter uma direita raivosa crescendo em nome de um orgulho quase infantil. Também não é digno dizer que a culpa é apenas da vigilância da imprensa e da oposição, embora saibamos que também exista.

Agora, o momento é de juntar os cacos, respirar e aceitar essa dose amarga de realidade. A tarefa dobrou de tamanho. Além de ter de fazer um caminho de volta às origens, será preciso resistir, unidos, ao iminente crescimento do fascismo e das pautas liberais que, além de seguir o plano de esfolamento do povo, deverá colocar nosso país à venda.

É hora de muita reflexão, pois, daqui pra frente, será preciso fazer muita careta pra engolir a transação. De engolir cada sapo no caminho. Mas a gente vai se amando que, também, sem um carinho, ninguém vai segurar esse rojão.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Me tornei aquele que você deixou de ser

Muito do que sei aprendi com você.
Que ao negar o lugar do outro, meu caráter me mostra quem sou.
Muito do que você me ensinou, o tempo, talvez, de você apagou.

Se fui longe na vida, devo muito a você.
Aprendi que sozinho só chego na companhia de alguém.
No caminho que você me ensinou, com o tempo, talvez, você não ande tão bem.

O respeito aos meus aprendi com você.
Que meu semelhante merece respeito sem que ele siga um modelo de vida padrão.
O respeito que um dia me deu, o tempo, talvez, fez você abrir mão.

Hoje olho pra trás e vejo o espelho que foi. Me vejo um homem completo, com defeitos eu sei, mas que aprendeu com você.
Porém, no mundo de hoje em que já me sinto maduro, meu espelho é só caco que só reflete escuro.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Juntos, no mínimo, pra sempre

Olhou-me nos olhos e se despediu como quem não queria. Segurou em minhas mãos e as soltou assim que tomou a iniciativa anterior. Virou-se de costas e partiu rumo há algum lugar que não a minha vida. Orgulhoso que sou, neguei-me a chorar. Mas bastou ver sua silhueta sumir no horizonte que as lágrimas envolveram meu rosto, à contragosto.

Em algum momento de nossa história juramos estar juntos à eternidade. Prometemos ser presentes um na vida do outro, até que um fosse obrigado a deixar essa vida. A partida de agora coloca a perder todo o amor jurado, todos os planos de duas vidas que tinham se tornado uma só.

Por que nós desistimos das coisas ou das pessoas? Por que o pra sempre nunca é, de fato, pra sempre? O sonho de viver a vida ao lado de alguém por longos e longos anos, como fizeram meus antepassados, sempre foi o exemplo que tive. Então por que será que não consigo levar adiante esse bom exemplo? Eu sei que o tempo, muitas das vezes, é o senhor da razão. É ele quem determina o quão iremos sofrer.

Porém, o tempo não é capaz de apagar lembranças. Não é capaz de tirar da nossa mente os momentos vividos, muito embora, ele, o tempo, seja capaz de nos tirar a dor. Mas se tivermos boa vontade, ao contrário do que pensamos, o tempo joga a nosso favor. Ele nos permite lembrar das boas experiências pra nos mostrar que um dia fomos felizes.

Talvez seja sua maneira de mostrar a nós, meu amor, que estaremos juntos, no mínimo, pra sempre.

terça-feira, 22 de maio de 2018

A vida é um escambo

A vida é um escambo. A gente vive sempre à base de troca. De favores, de ideias, de ofensas, de maldade. Na complexidade do que é viver, estamos sempre, pormenor que seja a nossa vontade, trocando e renunciando coisas. Renunciando um futuro que poderia vir.

Enganam-se aqueles que acham que têm o controle de tudo. É o contrário, meu amigo. Tudo está fora do nosso controle. Para cada decisão, uma renúncia. Para cada ação, uma reação quase sempre inesperada ou não planejada. A vida é um escambo justamente porque há sempre uma moeda de troca em cada ato. Em cada passo.

Por mais que a mente diga e imagine todas as possibilidades, dar o próximo passo ou tomar a próxima atitude sempre acarretará numa decisão. Sempre acarretará em deixar de fazer algo para fazer... algo.

Nesse momento, em que escrevo esse texto, estou optando por algumas palavras e renunciando outras. Escrevo sobre isso, mas poderia escrever sobre amores, sonhos ou coisas. Mas eu renuncio essas opções em prol desse devaneio sem propósito.

Melhor, escrevo para dizer a você que a vida, por pior ou melhor que seja, é um escambo.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

A gente se vê

A gente se encontra por aí. A gente se cruza na rua, numa fila de banco ou num parque qualquer.

A gente se esbarra por aí. Numa baldeação de metrô, numa lanchonete da vila, ou numa mercearia, se der.

A gente vê por aí. Num cruzamento de via, numa balada do centro ou numa rede social, se tiver.

Se a gente se encontrar, o que faço daí? Me escondo num canto, me faço de louco ou me jogo num buraco de ré?

Se a gente se ver por aí, me peça de tudo. Só não que eu te esqueça um minuto sequer.

terça-feira, 20 de março de 2018

Sabedoria de um homem enfurecido

“O que ele estava fazendo a essa hora na rua?”, esbravejou. “Tem mais é que morrer mesmo!, sentenciou o homem de meia idade durante uma discussão com sua companheira a respeito de um tiroteio que acabara de acontecer perto de sua residência. Contrariada, Márcia bem que tentou argumentar. Sem sucesso.

O homem, que já não aguentava tanta violência, continuou a disparar insultos sobre o caso que sequer presenciou. Banalizou de tal maneira a vida que, para ele, a morte por meios duvidosos havia se tornado normal.

Foi até o portão para saber se ainda havia movimento na rua e deu de cara com o breu da avenida sem iluminação. Regressou, passou no quarto, pegou a toalha e foi tomar seu merecido banho. Não antes sem resmungar pela última vez. “Perdi muito tempo falando de vagabundo. Vou tomar meu banho que amanhã eu pego cedo no trabalho”. 

O relógio na parede da cozinha apontava 25 pra onze, quando seu telefone toca. Ele atende a ligação de um número desconhecido. “Tudo bem, estou indo aí”. Dirige-se ao quarto, coloca uma bermuda, uma camiseta e calça seu tênis. Se empossa da carteira e sai apressado. “Marcia, vou à casa de minha mãe e já volto!”. E sai em rompante colocando o portão contra o batente em velocidade atroz.

Horas depois sem saber notícias, Márcia tenta, sem sucesso, ligar para seu marido. O telefone até dá sinal do outro lado, mas a ligação finda na caixa postal. Márcia, então, se dirige ao quarto, coloca um shorts, uma camiseta e calça seu tênis. Se empossa da bolsa e sai apressada em direção à casa da sogra.

Ao se aproximar do seu destino, a mulher percebe uma movimentação maior do que o normal para aquele horário - já passava das duas. Pessoas reunidas e, ao que deu pra contar, seis viaturas da polícia.

Aperta o passo.

Saiu desviando das pessoas como quem está perdida em uma mata fechada. Já próxima ao local reconhece o marido pelo tênis sujo e já gasto.

Coração pulsa mais forte.

Já com a respiração oscilante, influenciada pela adrenalina, a mulher se desespera ao ver seu companheiro deitado de bruços na calçada. Pior, Marcia se dá conta que está presenciando um velório a céu aberto. Lucas, seu cunhado de 18 anos, foi confundido com um traficante e levo 4 tiros de um policial "desavisado". 

Sérgio, companheiro de Marcia, por sua vez, chora a morte do “vagabundo” que chegava tarde em casa depois de ter pegado cedo no trabalho.  

quinta-feira, 1 de março de 2018

SOBRE TER DEPRESSÃO - Obrigado, você foi importante pra mim!



NOTA| Amigo, me perdoe pelos eventuais erros de língua portuguesa. Escrevi este texto às pressas, com sono e bastante emocionado. Hoje fez dois meses que me "libertei" da depressão, o que para mim tem um significado muito importante. Espero que goste. Boa leitura!
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Eu só quero agradecer, ainda que ressabiado, por você ter passado em minha vida. Não foi fácil. Aliás, enquanto estivemos juntos foi dolorido demais. Porém, tenho que reconhecer que, graças a você, em 32 anos, eu tive a oportunidade de fazer uma inédita imersão em mim mesmo. Uma imersão profunda, de alma.

Dividi com você os meus piores desejos. E, embora tenha sido a companheira mais inóspita que já tive, você esteve comigo durante 24 horas por quase 60 dias. Ao seu lado eu chorei. Ao seu lado eu deixei de ver cor em meus dias. Ao seu lado eu cheguei até mesmo considerar que a morte era uma alternativa provável.

Mas eu agradeço você. E faço isso porque, em sua companhia, eu me reinventei. Eu também pude ver que neste mundo, às vezes tão mal habitado, ainda existem pessoas maravilhosas. Pude enxergar o quão Deus está presente em minha vida.

Graças a você me tornei mais tolerante comigo mesmo. Passei a aceitar que eu posso falhar e tomei consciência de que, sim, irei falhar mais vezes. E que saber? Está tudo bem.

Mas foi também em sua companhia que eu pude me aproximar de pessoas e ter o privilégio de conhecer suas histórias de superação. Também tive a rara oportunidade de enxergar o senso de humanidade e também de receber o acolhimento de cada uma delas. E isso, pra mim, não tem preço.

Neste exato momento, em que escrevo esta carta a você, lágrimas escorrem em meus olhos e um filme passa em minha cabeça. Me recordo das noites em claros, do travesseiro molhado de lágrima e do desejo visceral de me abandonar. Por outro lado, recordo também de cada abraço apertado, de cada telefonema em momentos difíceis e de cada mensagem recebida. E isso tudo eu devo a você! 

Eu te agradeço, mas saiba que não sinto sua falta. E mesmo que um dia você volte, entenda que de mim só terás o vazio.

Por fim, encerro esta carta de agradecimento com toda a ingratidão que te cabe.

Um abraço e até nunca mais, se Deus quiser.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Um dia de festa


Era um dia de festa. Pessoas felizes tomavam conta das ruas e cantavam as canções daquele carnaval acompanhadas de um calor de mais de 30 graus. O sorriso no rosto era a principal fantasia daquela gente que, pra se contentar, bastam alguns drinks e um carro de som.

Era um dia de festa. Glitter, suor e distribuição de beijos formavam a perfeita evolução do povo que só fazia ser feliz. Mas de repente você passou. Uma colombina deslumbrante, com um sorriso que tomava conta da avenida.

Era um dia de festa e você era a alegoria mais linda daquele desfile de pessoas comprometidas em acompanhar o cortejo dos blocos até o final. Te enxerguei no meio da multidão e, para mim, o carnaval passou a fazer mais sentido.

Porém, sem que eu merecesse, você voltou seus olhos para os meus e juntos entramos numa ala só nossa. Falamos poucas palavras e, para não perdermos a evolução, nos beijamos. Nesse momento eu ganhava o meu Estandarte de Ouro.

E sem que eu tivesse tempo de abrir os olhos, você dispersou no meio da multidão deixando comigo apenas a marca de batom e o resquício do glitter. Voltei, então, ao meu enredo e acompanhei aquele povo, cujo único pecado era ser feliz. O samba segue. Era um dia de festa.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

SOBRE TER DEPRESSÃO – O início do fim

Já sinto que estou no fim do meu tratamento e hoje trago só boas notícias. Após o período introdutório do medicamento em que os efeitos colaterais foram pesadíssimos, hoje posso dizer que estou 95% "curado". Nesta semana já iniciei o processo de desmame da medicação (que deve ser feito aos poucos para que o organismo se adapte à falta da substância) e até o momento estou me sentindo muito bem. Me sinto feliz!
É muito louco pensar que, semanas atrás, eu tinha sentenciado o fim da minha felicidade. É muito mais louco ainda lembrar que passou pela cabeça que tirar a minha própria vida seria uma saída. Meu processo todo, entre o início dos sintomas da depressão e da ansiedade, durou em torno de 2 meses e isso, pra mim, foi uma eternidade. Fico imaginando como outras pessoas conseguem passar até mesmo anos de sofrimento por conta de uma doença que corrói a mente todos os dias em todos os milésimos de segundo.

Assim como nos posts anteriores, vou insistir: PROCURE AJUDA E NÃO TENHA VERGONHA DO QUE ESTÁ SENTINDO! FALE COM OS AMIGOS, FAMÍLIA. RECORRA A SUA RELIGIÃO! MAS NÃO SE ISOLE, EM MOMENTO ALGUM!

Sei que há pessoas que estão acompanhando, desde o início, o meu processo e que também estão passando ou passaram por isso. Tenho recebido muitas mensagens de amigos, familiares e até desconhecidos que, de alguma maneira, estão preocupados comigo (tenho que agradecer muita gente!) ou que estão buscando informações sobre como devem agir (eu mesmo pratiquei isso quando buscava respostas) durante as crises e o início do tratamento da depressão. Até por isso tenho colocado, de quando em quando, os relatos do meu convívio com esse problema.

Optei por passar por cima da vergonha na tentativa de ajudar, ainda que de maneira minúscula, outras pessoas. E vou dizer, isso também tem me ajudado muito. Fico muito feliz quando alguém entra em contato comigo e diz que meus textos têm contribuído para a compreensão de seu tratamento. Se fiz algo de bom nessa vida, certamente escrever sobre isso é uma delas.

Enfim, se outrora sentenciei o fim de meus melhores dias, hoje só posso decretar uma coisa: Só vem, felicidade! 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

SOBRE TER DEPRESSÃO - Um dia de cada vez

Olá, amigo!
Escrevo este texto aqui para informá-lo a quantas andas o meu tratamento contra a depressão e ansiedade. Ainsa estou a base de medicamentos e sinto alguma evolução, sim. As vezes ainda me pego triste e desanimado (esta semana tem sido assim), mas na maioria do tempo me sinto bem. O choro fácil e a sensação de estar com a garganta amarrada são acontecimentos cada vez mais raros. No entanto, o receio de ter as crises novamente ainda é bem presente.

Outra boa notícia é que, depois de quase perder 10 quilos, estou ganhando peso de novo, mais rápido do que imaginei até (a paroxetina abre o apetite de tal forma que é preciso ter cuidado para não comer os pés da mesa). Meu bom humor está voltando aos poucos também e já consigo socializar com amigos e colegas do trabalho, o que nos últimos dias era impossível.

Ainda que os efeitos dos remédios não tenham atingido o auge dentro do meu organismo (em média leva 2 meses para fazer o efeito completo, segundo os médicos), algo notável é a paralisação dos pensamentos ruins que dominavam minha mente e que me fizeram crer, em um episódio “apenas”, que o suicídio era uma hipótese bastante considerável. Já consigo controla-los e, graças a Deus, isso não voltou a acontecer.

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NOTA| Tenho lido muito sobre esse problema e faço parte de um grupo de apoio no Facebook e isso tem me ajudado a me entender melhor e perceber que, infelizmente, isso é mais comum do que a gente pensa que é (faço questão de frisar isso em todos os meus textos porque seu colega do lado pode estar vivendo esse momento e as vezes não percebemos. Não me canso de dizer também da importância de Deus, da família e dos amigos!). 

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A verdade é que, em comparação ao que passei nos primeiros 15 dias do tratamento, hoje eu consigo dizer que estou muito melhor (com todas as ressalvas ditas acima) e isso não tem preço. O alívio que sinto ao acordar pela manhã e não ter mais a sensação de que o mundo vai desmoronar sobre minha cabeça tem me ajudado a entender o boicote que eu sofria da minha própria cabeça e tem feito com que eu queira dar sempre mais um passo rumo à minha total recuperação. Digamos que estou no meio dessa caminhada, mas com a ajuda de Deus, família e amigos, em breve estarei 100% novamente!