Era um dia de festa. Pessoas
felizes tomavam conta das ruas e cantavam as canções daquele carnaval acompanhadas de um calor de mais de 30 graus. O sorriso no rosto era a principal fantasia
daquela gente que, pra se contentar, bastam alguns drinks e um carro de som.
Era um dia de festa. Glitter,
suor e distribuição de beijos formavam a perfeita evolução do povo que só fazia
ser feliz. Mas de repente você passou. Uma colombina deslumbrante, com um sorriso
que tomava conta da avenida.
Era um dia de festa e você era a
alegoria mais linda daquele desfile de pessoas comprometidas em acompanhar o
cortejo dos blocos até o final. Te enxerguei no meio da multidão e, para mim, o
carnaval passou a fazer mais sentido.
Porém, sem que eu merecesse, você voltou
seus olhos para os meus e juntos entramos numa ala só nossa. Falamos poucas
palavras e, para não perdermos a evolução, nos beijamos. Nesse momento eu ganhava o meu Estandarte de Ouro.
E sem que eu tivesse tempo de
abrir os olhos, você dispersou no meio da multidão deixando comigo apenas a
marca de batom e o resquício do glitter. Voltei, então, ao meu enredo e
acompanhei aquele povo, cujo único pecado era ser feliz. O samba segue. Era um dia de
festa.
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