quinta-feira, 22 de julho de 2010

A visita



Em uma bancada haviam alguns livros de romance e algumas literaturas estrangeiras. Um pouco abaixo, ainda na bancada, porta-retratos mostravam o ar saudosista do lugar. Um enfeite na parede chamava a atenção. Não sabia ao certo o que era. Só me parecia uma engenhoca feita de metal ou alumínio, mas que passava uma sensação de mistério.

Ainda no cômodo inicial, não era difícil notar uma cadeira desenvolvida através de madeira maciça. Ao caminhar pelos corredores, quadros de pintores nem tão conhecidos, mas não menos estranhos do que pinturas ilustres.

Algumas pessoas pareciam chocadas, outras surpresas e algumas maravilhadas. O ambiente era quieto e em alguns pontos, sombrio. Um senhor, que enquanto roçava a mão direita sobre a barba, atentava-se minuciosamente a uma pequena estátua. Na ocasião parecia ser de gesso. Entre um passo e outro, era possível observar que tudo, de algum jeito, chamava atenção.

Para alguns, talvez, passasse despercebido ou desinteressante. Outros, porém, não conseguiriam passar por esta vida sem conhecê-lo. A mim, que tinha seis anos, visitar um museu  foi apenas uma experiência indiferente.

2 comentários:

Lau Milesi disse...

Foi estéril nada. Você (re)produziu esse belo conto, Glauber. Parabéns pelos seus escritos! Parabéns pelo blog.
Um abraço.

Fabiola Cangussu disse...

Que texto lindo!!!! Consegui te segui através de suas palavras. Parabéns