Inspirado no livro que acabo de ler: Sobrevivi para contar (Imaculée Ilibagiza)
Saudades de minha mãe. Saudades de meus irmãos. Sinto falta de um abraço quente de meu pai. Estou sozinho num país desconhecido, onde a língua não sei pronunciar. Sinto saudades da comida de minha terra, sinto saudades de amar. Minha vida anda complicada, que mal tenho tempo de pensar. Sinto saudades, pois não tenho a quem confessar meus sonhos. Um dia eu sonhei sonhei amar.
Estou num canto escuro, jogado em um lado qualquer. Esperando que um inimigo lance o golpe de minha morte. Sinto saudades da proteção de meu pai. Quero um conselho para confortar minha angústia. Vejo as horas passar e a cada segundo aguardo meu fim. É triste, eu sei, mas minhas expectativas, minha esperança de vida já não são as mesmas de quando fui criança. E pensar que um dia achei que mudaria o mundo. Que as pessoas fossem boas para que eu pudesse confiar.
Estou trancafiado nesse canto, sem poder chorar, sem poder sentir o mundo lá fora. Saudades de minha liberdade. Saudades de meus amigos. Vivo imaginando quão bom seria acordar e ao meu lado estivesse as pessoas que amo. Enquanto isso, espero um dia o meu dia chegar. Eu só quero meus dias de paz.
Um comentário:
Que texto lindo!
Entendo essa saudade toda, mesmo porque o momento pelo qual estou passando me obriga a sentir isso tudo. Saudade da minha vida, saudade de mim mesma...
Eu entendo.
Beijos e parabéns!
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