Atravessei paredes, avistei montanhas sem jamais incomodar alguém. Desafiei a órbita. E subitamente dei de fronte com uma verdade - triste verdade. Algo que eu desconhecida. Mas corajoso, orgulhoso que sou, preferi dar de ombros; segui. Ao fundo uma leve canção me acompanhava. Procurei saber de onde vinha, mas desisti, a insignificância do momento era só meu.
Rabisquei nas nuvens minha alcunha. Rabisquei nas nuvens a ilusão de ser avistado, mas ninguém chamava meu nome. Não importava pra mim. A insignificância do momento era só meu. Zombei no instante, mas chorei pós-seguinte. Lágrimas sem justa causa. Lágrimas que brotavam sem que eu merecesse.
Continuei a abrir portas, janelas e a atravessar paredes, só não imaginava ficar sem as repostas que procurava. Talvez seja pelo fato de a insignificância do momento ter sido só meu...
Um comentário:
Parece insignificante porque fica guardado só dentro da gente, mas o rebuliço que causa internamente é poderoso. Quanto mais coragem temos de fuçar assuntos e sentimentos misteriosos, sem explicação lógica, mais profundo mergulhamos em nós mesmos. Você se aprofundou, e embora as respostas não tenham vindo como você gostaria, elas aconteceram. É que a gente aprende errado, querendo tudo óbvio demais, e a vida não é muito dada às respostas prontas.
O seu momento, pelo que li, foi significante demais!
Parabéns pelo blog!
Beijos
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