terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Quem sou?

Quem sou eu? Sabe aqueles dias que você acorda, mas parece que sua alma não despertou junto com você? Tenho me sentido assim. O ânimo tornou-se efêmero, quase findável. Minhas atitudes circundam um desatino uniforme que, para ser sincero, incomoda profundamente. Não queria sentir o avesso da minha idade.

Não queria passar por esses complexos variáveis de melancolia muda. Não dói, mas abre ferida. Não estou acostumado com esta monotonia. Talvez eu deva mudar, mas para onde? As dúvidas surgem em tom de desprezo. Meus amigos? Não quero que se preocupem comigo. Afinal, eu só queria saber o que são essas emoções, ora entusiasmadas, ora broxantes.

Para isso terei que descobrir sozinho. Definitivamente tenho que viver minha vida ou, pelo menos, tentar levá-la de maneira em que eu me sinta menos preso numa interrogação. Sou um homem que sempre questiona as mudanças que ocorrem comigo. Não seria mais fácil deixá-las acontecer naturalmente, sem que eu tente rumá-las para um sentido involuntário?

Mas e se essas mudanças fizerem de mim uma pessoa medíocre? Não, não quero. Preciso me mexer, fazer qualquer coisa antes que seja tarde. Pode ser também que nada aconteça. Quem sabe eu tenha um futuro promissor e glorioso. Talvez eu conquiste um espaço confortável em minha carreira. Pode ser, talvez, quem sabe. Hipóteses. Apenas hipóteses. Quer saber? Vou me conhecer aos poucos. E a cada dia despertarei um “eu” diferente.

Pareço confuso? Pois é, estou mesmo. Ao menos sei quem sou.

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